O Sindsep lançou oficialmente a Campanha Salarial 2025 dos(as) servidores(as) públicos municipais. A mobilização reivindica a valorização da categoria, reposição de perdas salariais, aumentos reais e condições dignas de trabalho, reafirmando o papel essencial dos(as) servidores(as) na manutenção das cidades.
A mobilização começou em Quixadá, Ibicuitinga e Banabuiú, com agendas programadas para Choró, nesta sexta-feira (17) e Ibaretama, na próxima terça-feira (22). Além disso, o Sindsep já protocolou as pautas nas prefeituras de Quixadá e Ibicuitinga, avançando com as negociações logo neste início de ano.
Os(as) servidores(as) municipais, que garantem o funcionamento dos serviços públicos, enfrentam desafios agravados por anos de precarização e desvalorização. Desde o golpe de 2016, a classe trabalhadora acumulou perdas significativas devido à ausência de reajustes salariais, aumento da inflação e reformas trabalhistas e previdenciárias que retiraram direitos.
Um dos ataques recentes é a PEC 66, que aprofunda o confisco salarial dos aposentados e impõe novas regras que precarizam ainda mais as condições de vida dos(as) trabalhadores(as) do serviço público.
“A luta pela valorização não é apenas salarial, mas pela sobrevivência dos serviços públicos que atendem a população mais vulnerável”, destaca a presidenta do Sindsep, Izaltina Gonzaga. A dirigente enfatiza a importância da mobilização dos servidores e servidoras, incentivando a participação nas assembleias e a atenção constante às questões que impactam a categoria.
Tendo essa realidade, torna-se urgente a reposição das perdas inflacionárias, a garantia de aumentos reais que assegurem qualidade de vida e a luta por condições de trabalho decente, com foco na saúde, segurança e bem-estar de todos(as).
Regulamentação de pisos e avanços estruturais
A campanha também coloca em pauta a necessidade de regulamentar pisos salariais para todas as categorias e criar planos de carreira que promovam crescimento profissional e reconheçam o papel central dos(as) servidores(as) no funcionamento das cidades.
Além disso, o Sindsep se junta à Confetam e às federações estaduais para exigir medidas estruturantes, como a revogação de reformas trabalhistas e previdenciárias que precarizaram as relações de trabalho, e a regulamentação das Convenções 190 e 151 da OIT, garantindo proteção contra assédio no trabalho e o direito à negociação coletiva no setor público.
“Sem a valorização dos servidores e servidoras, não existe cidade que funcione. Nossa luta é para que os gestores reconheçam esse papel essencial e tratem nossas pautas com o respeito e a urgência que merecem”, destaca Izaltina. “É fundamental que a categoria permaneça unida, pois só com mobilização e força coletiva podemos avançar nos nossos direitos.”
