Neste domingo (07), milhares de pessoas foram às ruas em todo o Brasil para participar da 31ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas. No estado do Ceará, a mobilização ocorreu na capital Fortaleza e no município de Ibicuitinga, no Sertão Central, onde manifestantes denunciaram os impactos ambientais causados por agrotóxicos e reivindicaram melhores condições de vida.
As manifestações deste ano levantaram bandeiras nacionais em defesa da vida, da democracia e da soberania popular, exigindo medidas urgentes para a classe trabalhadora como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, taxação dos super-ricos, redução da jornada de trabalho com fim da escala 6X1, além da rejeição à anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Em Fortaleza, essas pautas se somaram à luta contra a privatização da água e à denúncia dos impactos sociais e ambientais da usina de dessalinização da Cagece, que ameaça comunidades tradicionais da Praia do Futuro com riscos de remoção e degradação ambiental.
Em Fortaleza, o ato caminhou até a Comunidade Raízes da Praia, área simbólica pela resistência popular frente ao avanço de grandes empreendimentos. Lideranças sindicais, movimentos sociais e pastorais denunciaram a entrega de recursos estratégicos, o desemprego e a violência contra trabalhadores e trabalhadoras.
Manifestantes também voltaram suas críticas ao Congresso Nacional, denunciando projetos que representam retrocessos para o povo brasileiro, como a tentativa de aprovação da Reforma Administrativa (PEC 32), apontada como uma medida que ameaça destruir serviços públicos essenciais e ampliar a precarização do trabalho.