Violência contra LGBTQIA+ cresce no Brasil com aumento de 8% em 2024

Relatório aponta falta de políticas públicas efetivas para combater crimes de ódio

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O Brasil continua liderando o ranking mundial de violência contra a população LGBTQIA+, segundo o levantamento mais recente do Grupo Gay da Bahia (GGB). Em 2024, foram registradas 291 mortes violentas motivadas por LGBTfobia, um aumento de 8% em comparação ao ano anterior. Esses números revelam uma realidade preocupante, com uma morte ocorrendo, em média, a cada 30 horas.

O relatório destacou que a maioria das vítimas são pessoas trans e travestis, reforçando a vulnerabilidade dessa parcela da população. A expectativa de vida para essas pessoas permanece alarmante, com a média de idade das vítimas trans assassinadas em 24 anos. Além disso, os dados mostram que a violência é transversal, atingindo todas as classes sociais e profissões, desde trabalhadores da educação e saúde até empresários e profissionais do sexo.

Estados como São Paulo e Bahia figuram entre os mais violentos, enquanto capitais como Belo Horizonte, Salvador e Maceió se destacam pelo alto número de ocorrências. Os crimes, muitas vezes marcados por extrema brutalidade, incluem uso de armas brancas, torturas e esquartejamentos. Cerca de 36% das mortes ocorreram em espaços públicos, evidenciando o risco constante enfrentado por essa população.

A falta de estatísticas oficiais sobre crimes de ódio no Brasil é uma preocupação levantada no estudo. Segundo o GGB, muitos casos não são reportados ou têm sua motivação apagada em registros policiais e matérias jornalísticas. A organização reforça a necessidade de políticas públicas que promovam a educação inclusiva, a segurança e o respeito às diferenças.

O Sindsep se solidariza com a comunidade LGBTQIA+ e reforça a importância de mobilizar a sociedade para combater a discriminação e a violência. Garantir direitos, fortalecer políticas de proteção e promover ações educativas são passos indispensáveis para mudar essa realidade.

 

Com informações do GGB e Brasil de Fato.

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