O número de denúncias de assédio sexual no trabalho aumentou 16,8% em um ano, de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Em 2023, foram registradas 1.281 denúncias, número que saltou para 1.497 em 2024. Apesar do crescimento nas notificações, especialistas alertam que a subnotificação ainda é alta, já que muitas vítimas não se sentem seguras para denunciar os abusos.
O assédio pode se manifestar de diferentes formas, desde comentários inapropriados até coerção sexual explícita. Entre os exemplos mais comuns estão toques indesejados, chantagens em troca de favores profissionais e perseguições. No ambiente corporativo, muitas mulheres enfrentam retaliações ao denunciar seus agressores, o que contribui para a manutenção de uma cultura de silêncio e impunidade.
Além do impacto emocional, o assédio no trabalho tem efeitos diretos na carreira das mulheres, levando muitas delas a pedirem demissão ou a aceitarem condições de trabalho inferiores para evitar conflitos. Segundo o Dieese, a falta de mecanismos de proteção eficazes faz com que muitas profissionais abandonem seus empregos, o que reforça a desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
Para combater essa realidade, é fundamental que as empresas adotem políticas rigorosas contra o assédio, criando canais seguros de denúncia e garantindo punições exemplares aos assediadores. Além disso, órgãos como o MPT devem reforçar ações de fiscalização para assegurar que os direitos das mulheres sejam respeitados no ambiente de trabalho.