Em janeiro, os servidores públicos municipais de Quixadá aprovaram, em assembleia convocada pelo Sindsep, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2025. O documento protocolado junto à gestão municipal exige ações concretas para corrigir distorções históricas, valorizar quem trabalha e garantir justiça para quem sustenta os serviços públicos da cidade.
Entre os pontos centrais está a correção salarial com reposição das perdas inflacionárias acumuladas, tendo como base o índice de 4,84% referente ao INPC de 2024. Segundo o Sindsep, a defasagem salarial já compromete o sustento das famílias trabalhadoras, acumulando perdas que somam cerca de 30% nos últimos cinco anos. A ausência de reajustes nesse período tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos servidores e servidoras do serviço público municipal.
A pauta também cobra a reformulação urgente do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). O Sindsep defende uma estrutura de carreira que valorize o tempo de serviço, a formação e o desempenho dos servidores e das servidoras, rompendo com o congelamento que mantém categorias inteiras paradas há anos.
Outra reivindicação importante é a valorização dos servidores e das servidoras auxiliares de serviços, da merenda escolar, que atuam sob forte sobrecarga, baixos salários e condições precárias de trabalho. O sindicato exige da gestão municipal o reconhecimento dessas funções essenciais e a revisão das condições contratuais e salariais dessas categorias.
A pauta também traz a defesa pela realização de concursos públicos como forma de combater a precarização e o excesso de vínculos temporários. O Sindsep denuncia que há áreas inteiras da administração com falta de pessoal efetivo, o que compromete o funcionamento dos serviços públicos e sobrecarrega os(as) servidores(as) ativos(as).
“Não há valorização com congelamento de salários, descaso com a carreira e ausência de concurso. Exigimos a mesa de negociação permanente, instrumento fundamental para que as decisões da gestão não sejam tomadas de forma coletiva. O diálogo institucional deve ser garantido e respeitado, com espaço para que o sindicato e a categoria sejam ouvidos”, reforça a presidenta do Sindsep, Izaltina Gonzaga.