Na manhã desta sexta-feira (28), a presidenta do Sindsep, Izaltina Gonzaga, utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Ibicuitinga para reforçar a luta da entidade em defesa dos servidores e servidoras municipais. Izaltina destacou a necessidade de avanços na campanha salarial e denunciou a demora da gestão em cumprir decisões judiciais favoráveis aos trabalhadores.
A presidenta fez a apresentação de todos os eixos da Campanha Salarial 2025, reforçando cada um deles, e pediu também o apoio da Câmara Legislativa para a abertura de mesa de negociação junto ao prefeito. Além disso, ressaltou que a pauta da campanha foi protocolada na Prefeitura antes mesmo de chegar à Câmara Municipal. “Já pedimos uma audiência com o prefeito para tratar dessas demandas, mas, infelizmente, ainda não fomos recebidos”, afirmou.
Outro ponto enfatizado foi a cobrança pelo pagamento dos quinquênios de imediato para todos os(as) servidores(as), um direito reconhecido judicialmente. Segundo Izaltina, “a justiça já determinou que o prefeito deve pagar, mas até agora isso não aconteceu. Precisamos fortalecer nossa voz e exigir o cumprimento dessa decisão. Não é prêmio, é direito, e direito precisa ser garantido a todos e todas”, reforçou.
Concurso público e previdência em debate
A presidenta também trouxe à tona a defasagem no quadro de servidores e a urgência da realização de um concurso público. “O Sindsep já levou essa demanda ao Ministério Público e segue cobrando providências”, afirmou. Segundo ela, a falta de concurso público precariza as condições de trabalho, gerando distorções salariais e dificultando a garantia de direitos como a insalubridade.
Além disso, Izaltina alertou para a situação previdenciária do município, considerada crítica. “Não foi por falta de tentativas que não conseguimos avançar. O sindicato buscou abrir o diálogo de todas as formas, mas até agora não tivemos uma resposta concreta”, lamentou.
Perdas salariais no magistério e luta pela valorização
A presidenta também destacou as perdas salariais dos professores em 2023, que ultrapassam 14%. Segundo Izaltina, embora tenha havido um rateio no ano passado, “o melhor do que o rateio é a garantia de direitos, ou seja, que esse valor seja incorporado ao salário básico dos docentes”. Ela também denunciou descontos salariais arbitrários feitos a professores que participaram de manifestações em busca de seus direitos negados, ressaltando que essas questões deveriam ser resolvidas administrativamente pela gestão municipal.
“O Sindsep tem 36 anos de luta, e seguimos firmes para garantir os direitos dos(as) servidores(as). Se não vier pela mesa de negociação, virá pela justiça”, enfatizou a presidenta.
